O ensino da arte passou por muitas transformações ao longo da história. Durante anos ficou restrito a pintar desenhos estereotipados, já que a criança era vista como alguém que não sabia desenhar. Assim, cabia a elas apenas reproduzir modelos, mesmo porque as atividades artísticas serviam para desenvolver a motricidade e preparar para a escrita.

Afinal, o que é releitura

Atividades como as expostas acima, dão oportunidade das crianças ampliarem a ideia que têm sobre arte, conhecendo diferentes estilos artísticos, brincarem de explorar cores, formas, linhas, pontos, além de expressarem o que pensam sobre a intencionalidade do artista em suas obras.

Momentos de apreciação devem fazer parte do trabalho pedagógico desde muito cedo. O conceito de que o ambiente das crianças pequenas deve conter desenhos estereotipados, pensando ser este um ambiente que irá despertar seu interesse, é uma visão equivocada sobre infância. As crianças estão abertas, e, por possuírem um olhar despido de preconceitos, sentem-se atraídas e curiosas por descobrir novas cores, formas, texturas, linguagens e temáticas diferentes.

Afinal, o que é releitura

Releitura não é cópia!!!

É unânime o pensamento de que a apreciação faz parte do processo de construção de novos conteúdos artísticos. Frequentemente, estes momentos antecedem os de releitura, que aparecem como propostas de “Fazer igual ao modelo”, tornando a produção das crianças o mais fiel possível ao modelo inicial.

Fazer uma releitura não é FAZER CÓPIA, mas sim imprimir marcas e interferências de quem relê, transformando- a em algo totalmente novo.

Segundo Marisa Szpigel, “quando os pequenos querem copiar uns aos outros, eles estão copiando, mas também criando; nesse caso, o adulto pode fazer intervenções para que as trocas de repertório entre eles sejam estimuladas. O que está em jogo não é a cópia fiel, mas o que eles podem aprender em relação aos procedimentos relativos às linguagens nas quais estão envolvidos”.

O importante não é o quanto as produções se assemelham aos modelos, mas sim as diferentes soluções encontradas para enriquecer suas criações.

Por: Cristiane A.Butscher
Gerente Pedagógica
Unidade Zoetis

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