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Ampliar o olhar para o conhecimento e a compreensão sobre os agentes microbiológicos causadores de doenças é necessário. Conhecer gera  aprendizado, consequentemente,  traz mudanças aos comportamentos humanos. Consideramos que divulgar as causas e as consequências de qualquer doença é a campanha de saúde mais eficaz que possa existir! Percebemos isso nas ações educativas que praticamos com as nossas crianças em cuidados de saúde diários.

Na esfera escolar, as crianças compreendem facilmente que precisamos lavar as mãos para manter a higiene e evitar doenças. Às vezes, percebemos um pouco mais de resistência pelos adultos na manutenção desse hábito, sendo necessário darmos mais ênfase aos conhecimentos de microbiologia para que todos tomem consciência de que um comportamento preventivo fará bem a toda sociedade.

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O QUE É H1N1?

O H1N1 é um vírus mutante, de fácil transmissão pessoa-pessoa e responsável pela morte de 18 mil pessoas ao redor do mundo desde abril de 2009. Desse período até os dias atuais, podemos comemorar muitos avanços no combate e na prevenção da Gripe A. Mas os números ainda denunciam o quanto precisamos desenvolver em prevenção.  Somente no primeiro trimestre de  2016, no Brasil, tivemos 71 mortes e, a cada dia, novos casos surgem dentro das escolas que atendem crianças da primeira infância, consideradas grupos de risco pelos órgãos oficiais da saúde.

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura uma semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.

Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A população deve estar atenta aos sintomas da Influenza A H1N1. A doença se assemelha a uma gripe comum, mas é muito mais intensa. Fadiga e dores no corpo, febre alta, dificuldades para respirar e dores no tórax indicam problema. Nesses casos, a orientação é que a pessoa procure atendimento médico. Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente no grupo de risco.

Sinais de agravamento

  • Aparecimento de dispnéia (falta de ar) ou taquipneia (aumento da frequência respiratória) ou hipoxemia (diminuição da oxigenação no sangue);
  • Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias;
  • Exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Exacerbação de doença cardíaca pré-existente;
  • Miosite (inflamação nos músculos) comprovada por exames laboratoriais;
  • Alteração do sensório (do nível de consciência);
  • Exacerbação de sintomas gastrointestinais em crianças;
  • Desidratação

COMO PREVENIR?

A melhor maneira de proteger as crianças contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual contra influenza. A vacinação contra influenza é recomendado a partir de 6 meses até 5 anos.

O Ministério da Saúde aconselha a população a tomar medidas preventivas de eficácia comprovada:

  • Higienizar as mãos com água e sabão, ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro; antes de comer;  antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz;
  • Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos, utilizando, preferencialmente, lenço de papel descartável;
  • Evitar contato com pesa-saude-e-assim-4soas que apresentem a síndrome gripal;
  •  Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
  • Utilizar lenço descartável para limpeza das secreções nasais e orais das crianças;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;

Crianças que apresentem sintomas de gripe devem:

  •  Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
  •  Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados;
  • Recomenda-se que a criança doente permaneça em casa por pelo menos 24 horas após o desaparecimento, sem utilização de medicamento, da febre.

 Cuidados com gestantes; crianças pequenas e recém-nascidos

Influenza causa mais doença grave em gestantes que em mulheres não grávidas. Mudanças no sistema imunológico, circulatório e pulmonar durante a gravidez faz com que as gestantes sejam mais propensas a complicações graves por influenza, assim como hospitalização, e óbito. As gestantes com influenza também tem maiores chances de complicações da gravidez, incluindo trabalho de parto e parto prematuros.

A vacinação contra influenza durante a gravidez protege a gestante, o feto e até o bebê recém-nascido até os 6 meses.

  • As gestantes devem buscar o serviço de saúde, caso apresente sintomas de Síndrome Gripal;
  • Se a mãe estiver doente, deve realizar medidas preventivas e de etiqueta respiratória, como a constante lavagem das mãos, principalmente para evitar transmissão para o recém-nascido;

VACINAÇÃO

Vacinação contra influenza é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza e é uma componente chave da preparação e resposta da OMS para controlar a circulação de amostras de vírus influenza sazonal.

Os grupos prioritários a serem vacinados de acordo com recomendações do Ministério da Saúde são:

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  • Crianças de 6 meses a menores de 05 anos;
  • Gestantes;
  • Trabalhador de saúde;
  • Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis;
  • Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias).

Fonte: Ministério da Saúde


A UNIEPRE compartilha as práticas de cuidados direcionados a cada  público, na sua rotina nas unidades de ensino acreditando que isso facilita e contribui com a compreensão e a multiplicação do comportamento de prevenção.

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Berçários

Dentro das escolas, o grupo mais vulnerável.

Alguns bebês podem não ter sido vacinados nenhuma vez contra o H1N1( A vacinação é após os 06 meses de vida),  estão em franco desenvolvimento das suas células de defesa e do contato interpessoal direto com as educadoras, os familiares e os outros bebês é intenso.

Prevenção de doenças respiratórias

  • Manter a ventilação natural da sala ( porta e janelas abertas);
  • Retirar os brinquedos para lavagem com água e detergente neutro e desinfecção com álcool a 70º, duas vezes ao dia, ao final da manhã e ao final do dia. Para isso, se faz necessária uma caixa identificada com “Brinquedos sujos” e outra com “Brinquedos limpos”. A higienização deve ser em pia limpa ou em uma bacia exclusiva para este fim, com auxílio de esponja também exclusiva. Pode ser realizada pela própria educadora com apoio e orientação da enfermagem;
  • Todos devem lavar as mãos antes de realizar os cuidados no bebê;
  • Todos os bebês devem ter suas mãozinhas lavadas a cada troca e antes das refeições;
  • A sala deve ser limpa e desinfetada com hipoclorito a 1%, uma vez ao dia, seguida de repasses ao longo do dia;
  • Todas as mobílias, as bancadas, os berços, os carrinhos e os colchonetes, devem ser higienizados com rigoroso critério e cuidado, diariamente pela equipe de Higiene ambiental.

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  • Cuidado significativo com os pertences das crianças, como: chupetas, as mesmas devem ser guardadas em recipientes com tampa e identificadas, além disso, é impreterível que diariamente sejam fervidas ou desinfetadas. Lavadas em água corrente e detergente neutro, todas as vezes que caírem no chão;
  • Banho de sol diário, entre outros cuidados inerentes a faixa etária.

Infantis

As crianças já possuem uma alimentação mais completa, o quadro vacinal está próximo de ser preenchido, as alergias e problemas respiratórios tendem a estabilizar.

Prevenção de doenças respiratórias

  • Manter a ventilação e iluminação natural da sala ( porta e janelas abertas),
  • Reforço para a lavagem de mãos. (clique para ler)
  • A sala deve ser limpa e desinfetada com hipoclorito a 1%, uma vez ao dia, seguida de repasses ao longo do dia.
  • Todas as mobílias, as bancadas e os colchonetes, devem ter higienização rigorosa, diariamente pela equipe de Higiene ambiental.
  • As crianças devem brincar ao livre o máximo possível.
  • Atenção especial para a nutrição pois, algumas crianças nesta idade selecionam alimentos e a baixa ingestão de verduras e legumes podem comprometer as células de defesa do organismo.

Para os adultos

Reforçar a ETIQUETA RESPIRATÓRIA:

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Por: Ellen Cristina Del Grande

Enfermeira UNIEPRE

Coren ENF 337576.

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